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Normatização de Técnicas e Equipamentos para Realização de Exames em Ergometria e Ergoespirometria

Coordenador:

Jorge Ilha Guimarães.

Editores:

Ricardo Stein e Fábio Vilas-Boas.

Participantes:

Flávio Galvão, Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega, Renata Rodrigues Teixeira de Castro, Artur Haddad Herdy, William Azem Chalella, Claudio Gil Soares de Araújo e Fábio Sândoli de Brito.

Introdução

O exercício físico faz parte do cotidiano dos seres humanos, desde os primórdios da sua existência. A aplicação do esforço físico, como método diagnóstico, data do início do século passado e, apesar do desenvolvimento de novas técnicas diagnósticas, ainda ocupa espaço destacado na medicina moderna.

O emprego de técnicas que envolve o exercício com o objetivo de investigar a presença de sinais e sintomas de doenças ou avaliar o resultado de intervenções terapêuticas constitui, o que se chamaria, teste de exercício clínico. No Brasil, após quase 50 anos de uso deste teste propedêutico, consagrou-se o jargão “teste ergométrico”. Embora não seja esta a nomenclatura mais adequada, a tradição impõe a manutenção do termo em epígrafe, utilizado neste documento.

O teste ergométrico é um procedimento não invasivo, que pode conferir informações diagnósticas e prognósticas, além de avaliar a capacidade individual para exercícios dinâmicos. Os aparatos disponíveis para a realização de diferentes testes, que envolvem o esforço físico, apresentam características distintas, podendo variar de sistemas mais simples a equipamentos com elevado grau de sofisticação tecnológica.

Independentemente do local onde o exame seja realizado, é fundamental que algumas premissas devam ser respeitadas: ambiente adequado, equipamento básico, pessoal treinado e preparo e orientação do paciente, de acordo com o objetivo do exame. É fundamental, ainda, que exista pessoal para atuar em situações de emergência. O teste ergométrico é um exame extremamente seguro, quando respeitado o julgamento clínico para a sua execução. Do julgamento clínico depende, basicamente, o risco de eventos relacionado a esse exame. Segundo pesquisa realizada no início da década de 80, a taxa de eventos ficaria na ordem de 1 para cada 2500 testes. Entretanto, outros autores classificam o risco como sendo muito menor, ficando na ordem de 0,8:10.000 a 1:10.000 exames. Em população de indivíduos pós – IAM (após 7 dias do evento), a incidência de óbito ficou na taxa de 0,03% (novo IAM ou ruptura cardíaca). Quando foram relatados os eventos não fatais, a distribuição foi a seguinte (após testes submáximos): PCR ressuscitada ou IAM não fatal = 0,09%; arritmias ventriculares complexas = 1,4%.

Cabe salientar que a taxa de eventos dobrou quando o teste realizado foi limitado por sintomas versus teste submáximo.

Para que esse nível de segurança seja alcançado, os testes deverão ser realizados de acordo com as normas descritas neste documento e discutidas com precisão, conforme as Diretrizes da SBC. Ademais, o exame deverá ser realizado sob a supervisão de médico com as características descritas na tabela 1.

A ergoespirometria alia, à interpretação clínica e eletrocardiográfica do teste ergométrico convencional, a análise de variáveis ventilatórias, gases expirados e oximetria. Sendo assim, o médico responsável pela realização e interpretação do teste ergoespirométrico deverá apresentar características e conhecimentos mais extensos do que os necessários para a realização do teste ergométrico convencional.

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